Não havia Alice, nem Gilberto. Nem Pietro, nem Alberto. Foram crianças esquecidas com o passar do tempo. Não brotaram do repolho, nem sobrevoaram sobre nossas cabeças razando o vento. Saíram do ventre das mais imperfeitas mulheres provieram dos mais insanos homens; frutos do método mais confundível de amor.
Ainda assim, nivelados por baixo, cresceram, como todas as crianças normais. Levaram uma vida pacata num lugarzinho denominado orfanato. Todos unidos, durante a infância, criaram um vínculo inconfundível, como irmãos.
Deram-lhes respectivas denominações, devido às suas peculiaridades. Ela, a silenciosa, temerosa, de olhos profundos e cabelos esvoaçantes. Alberto Goberto, filho do sol; enquanto fria fosse Alice, ele ‘luzia’ seu sorriso aos corredores de concreto escuro. Gilberto, espertalhão, encrenqueiro que só ele, parecia um furacão. E Pietro, fosse o último em tudo na vida, o obscuro; talhado a vagar, o último a se soltar.
Adotados foram os três primeiros, dotados de pais, já não havia mais anseio. Um quarto só seu, regras a zelar, era uma nova casa, havia quem lhes cuidar.
Assim o tempo foi passando, flexível que só ele. As crianças cresceram de verdade, tratando da profecia com muita veracidade. Personalidades foram criadas, as famílias descuidadas.
Alice, perdida na noite, mora num cômodo só, o banheiro é emporcalhado e o chão de soalho molhado. Em sua ‘casa’, homens vão e vêm. Quem proferiria a ela o destino que hoje tem?
Alberto, Alberto, passou bem perto, não fosse outro abandono. Escola pública, depois as drogas. Hoje, lixeiro, três filhos, extremamente noveleiro. Vida comum, você diria, um trauma ao que, com ambição, a vida via.
Gilberto tornou-se débil de tão esperto. Bandoleiro de esquina, fora nocauteado por uma menina. Já ia se retirando, quando um tiro pegou-lhe certeiro. O sangue espalhou na calçada, a menina jaziu como um herdeiro.
Pietro fora o último, sempre o último. Trajado de branco hoje vive, num mundo paralelo, onde só ele existe. Os ramos de flores afagam-lhe o pensar, a brisa refresca até saciar. No dia, três refeições e alguns comprimidos, não imagine você que ele esteja deprimido. No hospício, só há tristeza aos que vêem de fora, mas não aos que dentro residem, muito mais adentro do que se pode supor por hora.
Nessas nossas famílias só há o que se queixar, psicologia não é o que se deve levar. Preços são pagos por pura ignorância, de, ao menos um dia, sequer tentar.
Ainda assim, nivelados por baixo, cresceram, como todas as crianças normais. Levaram uma vida pacata num lugarzinho denominado orfanato. Todos unidos, durante a infância, criaram um vínculo inconfundível, como irmãos.
Deram-lhes respectivas denominações, devido às suas peculiaridades. Ela, a silenciosa, temerosa, de olhos profundos e cabelos esvoaçantes. Alberto Goberto, filho do sol; enquanto fria fosse Alice, ele ‘luzia’ seu sorriso aos corredores de concreto escuro. Gilberto, espertalhão, encrenqueiro que só ele, parecia um furacão. E Pietro, fosse o último em tudo na vida, o obscuro; talhado a vagar, o último a se soltar.
Adotados foram os três primeiros, dotados de pais, já não havia mais anseio. Um quarto só seu, regras a zelar, era uma nova casa, havia quem lhes cuidar.
Assim o tempo foi passando, flexível que só ele. As crianças cresceram de verdade, tratando da profecia com muita veracidade. Personalidades foram criadas, as famílias descuidadas.
Alice, perdida na noite, mora num cômodo só, o banheiro é emporcalhado e o chão de soalho molhado. Em sua ‘casa’, homens vão e vêm. Quem proferiria a ela o destino que hoje tem?
Alberto, Alberto, passou bem perto, não fosse outro abandono. Escola pública, depois as drogas. Hoje, lixeiro, três filhos, extremamente noveleiro. Vida comum, você diria, um trauma ao que, com ambição, a vida via.
Gilberto tornou-se débil de tão esperto. Bandoleiro de esquina, fora nocauteado por uma menina. Já ia se retirando, quando um tiro pegou-lhe certeiro. O sangue espalhou na calçada, a menina jaziu como um herdeiro.
Pietro fora o último, sempre o último. Trajado de branco hoje vive, num mundo paralelo, onde só ele existe. Os ramos de flores afagam-lhe o pensar, a brisa refresca até saciar. No dia, três refeições e alguns comprimidos, não imagine você que ele esteja deprimido. No hospício, só há tristeza aos que vêem de fora, mas não aos que dentro residem, muito mais adentro do que se pode supor por hora.
Nessas nossas famílias só há o que se queixar, psicologia não é o que se deve levar. Preços são pagos por pura ignorância, de, ao menos um dia, sequer tentar.
12 comentários:
Blog novo e bom, espero que continue assim.
Cara eu vi que voce estava se sentindo pouco apto a participar da promoção do meu blog..naum se sinta mal..eu ate gosto de novos leitores interagindo com nosco...novos leitores que interagme com a gente crescem mais rapido nos blog...porque eles tomama uma iniciativa boa...
opaaaa boa sorte pro seu new blog hein
abraços
http://culturatups.blogspot.com/
Ahh eskeci de deixar a URL do meu blog...
www.mentecomcuriosidades.blogas.com.br
vlw cara...
Texto bom. Fala de relacionamentos e destinos. Parabéns!
Aguardo sua visita:
http://www.rascunhosdeandreavaz.blogspot.com/
Que texto foi esse, cara?
Engraçado! Parece que eu estava vendo essas pessoas, de tão ricas em suas insignificâncias que permeiam suas vidas.
Pessoas que podem estar ao nosso lado.
Belo texto! ;)
de sua autoria ???
Narrativa com enredo em alto nível, cara.
Parabéns.
Até.
Ah meio trizte a história...
Mais eu gostei :)
Ótimo post. Ótimo blog.
De muito bom gosto!
http://ofatorx.blogspot.com/
Ai ai relacionamentos é phoda mesmo XD
Olá, tudo bem? Adorei o texto, muito bom, tem até umas rimas ou foi impressão minha?
Abraços...
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