Chegou em passos mansos. Sono vibrante.
Ainda que de mente vazia, permanecia historiante. Vez por outra soavam-lhe vozezinhas demonstrando educação, e logo sumiam nas barreiras de concreto.
“Vai, vai. Vai!” — Ouviu-se a voz vacilante do velhote pelos corredores e, então, viu passar o destemido num passear acelerado.
A principio não notara estranheza alguma. Desvencilhou-se e, diante dele, a discrepância momentânea.
— Olá! — estendeu-lhe a mão, a pequena criatura. Tinha olhos amendoados, extremamente notáveis, e nada mais. Como poderia eu descrever com maior profundidade tais esferas tão preciosas. Elas certamente me queimariam a visão.
O recíproco gigante de cabelos ondulados mostrou-se desengonçado. Mesmo sem muito domínio, abraçou a mão do garoto com a sua outra. “Olá!” disse, retribuindo-lhe o cumprimento com um sorriso amarelo. Tentou ser simpático.
A criaturinha pôs-se de costas a ele e seguiu caminho. Sumiu ao virar a esquina do pátio inaudível.
O pensador seguiu ali, fitando o chão como quem tenta fugir dos arredores. “As crianças não são assim, não como ele. Não fazem o que ele fez, assim. Há magia naquele pequenino, há magia, e eu a quero para mim. Quero abraçá-la e sentir o que tem a me oferecer de admirável.”
O pensamento seguia corroendo-lhe o ego, e lá estava o rompedor de silêncio de volta. Como num baque, o chão do Admirador estremeceu. Era a realidade acarinhando-lhe o rosto. Um tapa na cara, como tão somente ela tem aptidão em servir.
A insanidade da criança, demente, lhe sorriu. Desfilou o corpinho por esta tomado, e ainda que seu olhar fosse fulminante podia senti-la, estava sorrindo, mostrando-lhe seu futuro. Seu doloroso futuro. Percorreu o caminho realizando obscenidades. Assustou-se ao notar o vínculo, o real interesse em ser verídico. Apavorou-o vê-lo daquela forma.
“Pena!” pensou o ancião desconcertado. “Outro injustiçado. Talvez não saiba, ainda. Ou, talvez, seja eu querendo saber demais.”
A essência que percorrera aquele ambiente anuviado, branco, não fora o sorriso da insanidade, nem o encantador ato da criança. Tampouco minhas palavras relatando essa metáfora horripilante. Está em você senti-la.
Ainda que de mente vazia, permanecia historiante. Vez por outra soavam-lhe vozezinhas demonstrando educação, e logo sumiam nas barreiras de concreto.
“Vai, vai. Vai!” — Ouviu-se a voz vacilante do velhote pelos corredores e, então, viu passar o destemido num passear acelerado.
A principio não notara estranheza alguma. Desvencilhou-se e, diante dele, a discrepância momentânea.
— Olá! — estendeu-lhe a mão, a pequena criatura. Tinha olhos amendoados, extremamente notáveis, e nada mais. Como poderia eu descrever com maior profundidade tais esferas tão preciosas. Elas certamente me queimariam a visão.
O recíproco gigante de cabelos ondulados mostrou-se desengonçado. Mesmo sem muito domínio, abraçou a mão do garoto com a sua outra. “Olá!” disse, retribuindo-lhe o cumprimento com um sorriso amarelo. Tentou ser simpático.
A criaturinha pôs-se de costas a ele e seguiu caminho. Sumiu ao virar a esquina do pátio inaudível.
O pensador seguiu ali, fitando o chão como quem tenta fugir dos arredores. “As crianças não são assim, não como ele. Não fazem o que ele fez, assim. Há magia naquele pequenino, há magia, e eu a quero para mim. Quero abraçá-la e sentir o que tem a me oferecer de admirável.”
O pensamento seguia corroendo-lhe o ego, e lá estava o rompedor de silêncio de volta. Como num baque, o chão do Admirador estremeceu. Era a realidade acarinhando-lhe o rosto. Um tapa na cara, como tão somente ela tem aptidão em servir.
A insanidade da criança, demente, lhe sorriu. Desfilou o corpinho por esta tomado, e ainda que seu olhar fosse fulminante podia senti-la, estava sorrindo, mostrando-lhe seu futuro. Seu doloroso futuro. Percorreu o caminho realizando obscenidades. Assustou-se ao notar o vínculo, o real interesse em ser verídico. Apavorou-o vê-lo daquela forma.
“Pena!” pensou o ancião desconcertado. “Outro injustiçado. Talvez não saiba, ainda. Ou, talvez, seja eu querendo saber demais.”
A essência que percorrera aquele ambiente anuviado, branco, não fora o sorriso da insanidade, nem o encantador ato da criança. Tampouco minhas palavras relatando essa metáfora horripilante. Está em você senti-la.
11 comentários:
o seu texto é muito bem escrito. acho que tem que pensar bastante pra entender o que vc escreveu.
mas eu me perguntei, será que eu entendi o que vc quis dizer?
http://franciskolwisk.blogspot.com/
Nossa você escreve tão bem que ransmite uma facilidade na tua escrita.Parabéns,aguardo sua visita.
BjOo
É verdade!Não aprendi na aula de geografia não!Sempre tive esse conceito!É verdade seno e coseno não serve pra nada mesmo!Rsrs!Só serve pra chatear!♥
BjOos e obrigada pelos elogios!
continue com blog :D
belo texto
Tem gente que escreve
e tem outros que parece que escreve
você é a primeira opção
belo texto!
Bela narrativa e boa escrita. Embora não seja muito afeito à ficção, devo lhe dar os parabéns.Quando puder, visite: http://claudioarnoldi.blogspot.com/
Att.CA
Vejo que está começando o blog. Bem vindo e boa sorte com ele =D
Adoro escrever também, e você escreve muito bem!
Se tiver link/banner de parceria me avise, seu blog promete.
Bye.
Parabens!
Ótima escrita!
vc escreve mto bem, no entanto acho que pra entender melhor o texto seria melhor vc ...
his
adorei seu blog
bjuz
Seus textos são parecidos com o de cClarice Lispector, ela tem uma forma própria de ver o mundo, de ver as situações. Ambos são diféceis de entender, mas o texto é bom. O que o velho achava que a criança ainda iria entender?
É verdade seno e coseno não serve pra nada mesmo!Rsrs!Só serve pra chatear[2]
bom entre e ria um poko
http://www.blogpaporapido.blogspot.com/
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